Tradutor

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A Vibração Nanã Buruquê

Aspectos Gerais da Legião.

Assinale-se, de início, que Nanã é uma vibração, aliás, para ser mais preciso, uma subvibração, faixa de onda intermediária, contida no espectro da Vibração Iemanjá. Emerge daí, portanto, a conclusão de que não se trata de uma divindade, como as lendas fizeram crer a tantos. Obviamente que muito do que se disse sobre a Vibração Iemanjá também se aplica a Nanã, pondendo se ressaltar que também esta vibração é representativa do feminino universal, também traz em suas ordenações o amor, a dedicação e a maternidade, mas Nanã tem suas especificidades, uma vez que suas emanações atuam sobre a preservação da saúde e também sobre a transformação ocorrida no momento do desencarne. Convencionou-se, por isso, afirmar de forma um tanto paradoxal que é o Orixá da saúde e da morte. Outra convenção importante derivada do sincretismo entre Nanã e Santa Ana - avó de Jesus - faz crer que Nanã seja o mais velho dos Orixás: "a mais velha das cindas". Contudo, isso também é mera imagística, uma vez que sabemos que o espírito apresenta a roupagem que desejar, não possuindo traços identificadores de idade física. Na ordem dos fenômenos naturais, a legião Nanã Buruquê está ligada aos pântanos e às lagoas, cujo equilíbrio e preservação compete às integrantes da Legião e aos elementais que elas controlam. A influência de Nanã sobre os encarnados se dá através do Chakra Ajnâ, ou Plexo Frontal, cuja representação gráfica encontra-se à esquerda.

Na Umbanda é uma Legião de Caboclas, em cujo comando se encontra a Cabocla Nanã Buruquê, uma das sete Chefes de Legião da Vibração Iemanjá. Não existe qualquer evidência de que o Espírito de Ana esteja enfeixado na Legião, ficando a ligação estabelecida apenas no campo do sincretismo, uma vez que os escravos utilizavam a imagem de Santa Ana para cultuarem em essência seu Orixá originário. Na Umbanda não existe uma imagem específica para Nanã, sendo sua representação feita pela figura de Ana, ora com o Menino Jesus no colo, ora cuidando de Maria, ainda bastante menina. Toda essa imagística conduz a que Nanã seja sempre tratada com um carinho típico daquele que é dedicado à figura das avós, sendo mesmo muito comum referir-se a ela como "vovozinha". É a força da simbologia e da tradição, que as entidades sabiamente preservam, por entenderem que todo elemento devocional aproxima de Deus, estimula a religação e, por isso, possui um efeito positivo na vida das pessoas.

Por se tratar de uma Legião e não de uma Linha, não há que se falar na existência de sete Chefes de Legião, contudo, é pertinente lembrar que a Legião Nanã Buruquê ainda sofre várias subdivisões.

A Legião se divide em falanges, as falanges se dividem em subfalanges e as subfalanges se dividem em grupamentos. Num trabalho de Umbanda, quando se canta para Nanã, os espíritos que se manifestam incorporando nos médiuns são sempre Caboclas que geralmente estão no grau de protetoras, o que as coloca na condição de integrantes de grupamento. A título de combater velhos mitos e crendices infundadas, vale salientar mais uma vez: são Caboclas, não são divindades, até porque já assinalamos mais de uma vez que Umbanda é uma religião monoteísta. Deus é um só e o fato de se fazer ajudar por espíritos de alta hierarquia não torna esses mesmos espiritos em deuses também. As Caboclas de Nanã Buruquê são irmãs dedicadas e queridas, que merecem nosso respeito e nosso carinho, pelo trabalho que fazem, pela caridade que prestam, pela luz que distribuem entre todos, mas não são a Avó de Jesus, nem deusas que estejam a reclamar culto soberano em seu nome. As Caboclas assumem nomes diversos, conforme a vibração em que se enfeixem. Na vibração Nanã Buruquê podemos citar os seguintes nomes:

Cabocla Açucena, Cabocla Inaíra, Cabocla Juçanã, Cabocla Janira, Cabocla Juraci, Cabocla Luana, Cabocla Muiraquitam, Cabocla Sumarajé, Cabocla Xista, Cabocla Paraguaçu, entre outras. (1)

As caboclas de Nanã apresentam-se sempre numa roupagem de anciãs. Curvam a coluna dos médiuns e parecem se locomover como se estivessem apoiadas em uma bengala. Sua manifestação lembra muito a de um Preto Velho. Isso é uma forma de respeitar a simbologia que lhe é atribuída como a mais velha das Cindas, mas não significa que sejam espíritos de velhas. Pouco falam e raramente dão consultas, mas, quando o fazem, falam sempre de equilíbrio, de sabedoria, de amor. Aplicam passes de descarrego e de enegização, sempre visando ao equilíbrio físico e mental, como bases para a preservação da saúde e da vitalidade. Na essência, nem todas as entidades que se apresentam nessa Legião tiveram encarnações como índias americanas, afinal Cabocla é apenas um arquétipo e o que realmente importa é a sintonia com a vibração e a capacidade de realizar o trabalho.

Correspondências Vibratórias da Legião.

  • Cor representativa: Roxo.
  • Dia da semana favorável: Segunda-feira.
  • Astro correspondente: Lua.
  • Signo correspondente: Câncer.
  • Nota musical correspondente: Si.
  • Metal correspondente: Chumbo.
  • Minerais correspondentes: Ametista, quartzo rosa, pedra da lua, ágata rosa e amarela, pérola, água-marinha, opala, rodocrosita e kunzita.
  • Flor consagrada: Rosa vermelha.
  • Ervas correspondentes: Cedrinho, avenca, manacá, mostarda, agrião, alfavaca e assa-peixe (existem outras, mas aqui listamos sete que poderão ser usadas para banhos ou amacis).
  • Data comemorativa: 26 de julho.

Instrumentos de Culto.

Na Umbanda, o único instrumento de culto utilizado pelas Caboclas de Nanã é a guia, confeccionada em contas porcelana, ou cristal na cor violeta, que pode ser intercalada com branco, a critério da entidade que solicitar a guia.

Pontos Cantados.

Os pontos cantados em saudação à Vibração Nanã Buruquê apresentam quase sempre um ritmo mais lento, mais compassado. As melodias são verdadeiras canções. As letras falam sempre em amor, em fé, em energias positivas, em harmonia e em paz. Muitas dessas canções fazem alusão ao Orixá Obaluaê, colocando-o como filho de Nanã, fiéis, nesse caso às tradições e às lendas africanas.

Pontos Riscados.

Na Legião de Nanã buruquê, os pontos riscados seguem as normas estabelecidas na chamada "Grafia dos Orixás", onde as entidades são identificadas através dos sinais de "flecha", "chave" e "raiz" Nesta Legião, os sinais são assim grafados.

Saudação à Vibração Nanã.

A saudação à vibração Nanã Buruquê é: "Saluba, Nanã!"

(1) Todos os nomes de Caboclas marcados com asterisco foram copiados do site A Cartomante Priscila: Deusas do Oriente, acessível em http://acartomantepriscila.blogspot.com/

9 comentários:

Rodrigo disse...

Quanta besteira esse senhor W da matta e Rivas neto fez as pessoas acreditarem. BAsta usar a cabeça pra perceber que Nanã buruque, Oxum, e Iansã. Não são nomes brasileiros portanto jamais podem ser caboclas. Alem do que no candomblé assim como os outros orixas elas tem suas qualidades.....

Coordenador disse...

Por falar em usar a cabeça, meu irmão, quando você fala que no Candomblé elas têm suas qualidades, eu me lembro de que têm sim, são deusas marcadas pela inveja, pelo ciúme, pela ira. Nanã é aquela que teve dois filhos e escondeu um porque era feio. Ela também tomou uma aguinha de lesma com Oxalá e se acalmou, ficou apaixonada, deu a ele um pó mágico e enquanto ele dormia ela teve com ele uma relação incestuosa e engravidou, tendo depois sido abandonada por ele que preferiu ir viver com Iemanjá.
Quanto a Iansã, é aquela deusa que se transformava em búfalo e que foi seduzida por Ogum, tendo ido viver em seu harém (Ogum tinha um harém?), mas que molestada pelas outras esposas se transforma em búfalo e esfacela todas a chifradas, poupando apenas seus nove filhos (nove?)que ela depois abandona para ir viver uma relação ardente com Xangô, que ela, por sinal proibiu de comer carneiro (Xangô comia carneiro?), porque ela não gostava do animal.
Quanto a Oxum é aquela que usava da beleza física para tudo, que seduziu Ogum, e que não satisfeita teve também uma relação homossexual com Iansã, culminando por convencer Obá a cortar uma orelha, e servir no caruru a Xangô (Xangô também come caruru?), a fim de que o deus da justiça se enojasse de Obá e voltasse os olhos para ela, Oxum.
Ok, elas não são caboclas, são essas deusas vaidosas, orgulhosas luxuriosas, devassas e sanguinárias que vivem muito bem tendo escravos encarnados a lhes saciarem o apetite voraz com oferendas de acepipes de mal gosto extremamante condimentados, enquanto fazem deitadas, raspagens, catulagens e outras bobagens, enquanto mantêm para as deusas assentamentos pútridos, recendendo a carniça e sangue podre.
Parabéns por cultivar crenças tão racionais.
Mas quem será que realmente acredita em besteiras?

Unknown disse...

Olha, concordo com tudo o que você disse com certeza, estou no Candomblé, mas gosto da Umbanda aqui na Bahia quase não tem essa Umban..porém percebo que isso tudo faz parte da vida deles e mesmo sendo absurdos é difícil mudar!! Abraço forte e Axe Acredito que o Candomblé tende acabar. aqui estão até se fazendo santo, gente não se "faz santo" pelo amor de Deus!!

Unknown disse...

U

Unknown disse...

U

Anônimo disse...

fico muito confusa com tudo isso.

Unknown disse...

Nunca vi alguém falar tanta merda como estou vendo nesse comentário. Vá se tratar meu caro, e se quer respeito, tenha respeito.... ou sua religião só prega ódio?

Unknown disse...

Eu acredito e tenho muito respeito pelo, pôde dos orixás.

Anônimo disse...

Lendo seu comentário percebi que é melhor fazer uma boa macumba doq ficar próxima de gente como você! Não se limite ao Google, vá ao Wikipédia, baby! Que meu pai Ogum lhe abençõe, mesmo em seu tola devaneio.... Beijos de Axé! Exu te acompanhe

Postar um comentário